Ciclo de Concertos MUSICAL-MENTE

Fundado em 2021, o Ciclo de Concertos MUSICAL-MENTE é uma parceria do Teatro Nacional São João e da DSCH – Associação Musical, com curadoria de Filipe Pinto-Ribeiro.

Trata-se de um ciclo de concertos que são introduzidos por palestras de outras áreas do pensamento. MUSICAL-MENTE tem lugar no âmbito da Temporada do Teatro Nacional São João, no Porto, sendo os concertos realizados no monumental Claustro Nobre do Mosteiro de São Bento da Vitória, espaço que até 2005 foi utilizado para os concertos da Orquestra Sinfónica do Porto.

O 1.º Ciclo MUSICAL-MENTE explorou o cruzamento entre a música e as neurociências, em concertos de música de câmara com prelúdios científicos sobre a relação entre a música e o cérebro. Entre Novembro de 2021 e Junho de 2022, quatro Quartetos de Cordas de excelência – Michelangelo, Hermès, Cosmos e Gropius –  estrearam-se em Portugal e interpretaram obras de referência de grandes compositores e quatro convidados e investigadores de renome internacional –  Barbara Tillmann, Nuno Sousa, Maria Majno e Stefan Kölsch – lançaram temáticas sobre a relação íntima (fisiológica, terapêutica) entre a música (o som, o ruído) e o cérebro.

A reflexão entre a música e a ciência foi alargada no 2.º Ciclo MUSICAL-MENTE, estendendo-se à Física, com uma palestra de Vítor Cardoso, à Química, com João Paulo André, à Matemática, com Jorge Buescu, e novamente às Neurociências, com a palestra do compositor norte-americano Bruce Adolphe e a estreia mundial do seu Sexteto “Dreaming and Thinking”.

Os concertos do 3.º Ciclo MUSICAL-MENTE, em 2023/2024, apresentam um tríptico monográfico inspirado pela(s) ideia(s) de liberdade, na antecâmara do cinquentenário do 25 de Abril. Os concertos são antecedidos por palestras/prelúdios políticos, propondo uma reflexão sobre os nexos entre a arte e a política. De Novembro de 2023 a Março de 2024 evoca-se o génio criativo de três compositores na esfera dos regimes políticos do seu tempo: a liberdade absoluta de Ludwig van Beethoven inspirada pelo Iluminismo, a liberdade reprimida de Dmitri Schostakovich sob o jugo soviético, a liberdade exilada de Erich Wolfgang Korngold como fuga ao nazismo.