Festival de Música dos Capuchos

O Festival de Música dos Capuchos é reconhecido como um dos eventos culturais de referência de Portugal. Deve o seu nome ao Convento dos Capuchos – mandado edificar em 1558 e que fica localizado na área da Paisagem Protegida da Arriba Fóssil da Costa de Caparica, no concelho de Almada, onde se realizam a maioria dos concertos do Festival.  

O Festival de Música dos Capuchos foi fundado em 1980, por José Adelino Tacanho e António Wagner Diniz, e em 2001, suspendeu a sua realização após 21 edições consecutivas sob a direcção artística de José Adelino Tacanho.

Após duas décadas de interrupção, o Festival de Música dos Capuchos renasceu em 2021, sob a direcção artística do pianista Filipe Pinto-Ribeiro, com o apoio da Câmara Municipal de Almada e a organização da DSCH – Associação Musical. Desde então, o Festival tem recebido artistas de excelência mundial, como é o caso de Alfred Brendel, Stephen Kovacevich, Pierre Hantaï, Sergei Nakariakov, Alexander Kantorow, Gérard Caussé, Anna Tsybuleva, Viviane Hagner, Esther Hoppe, Christian Poltéra, Adrian Brendel, Pascal Moraguès, Mario Hossen, Lena Belkina, Diana Tishchenko, Marcelo Nisinman, Héctor del Curto, Konstantin Lifschitz, Anna Samuil, Hopkinson Smith, etc, orquestras e agrupamentos como a Orquestra de Câmara de Viena, Orquestra “Franz Liszt” de Budapeste, Orquestra “Solistas de Veneza”, Orquestra de Câmara de São Petersburgo, Quarteto Hermès de Paris, Orquestra Gulbenkian, DSCH – Schostakovich Ensemble, Sete Lágrimas, 100 Caminhos, Officium Ensemble, etc, e músicos portugueses de referência como António Victorino d’Almeida, António Wagner Diniz, João Barradas, David Santos, Sofia Ribeiro, Rui Lopes, Susana Gaspar, Nuno Vieira de Almeida, entre muitos outros.

O conceito programático do
Festival de Música dos Capuchos é inspirado pelo próprio Convento dos Capuchos – “5 séculos de História e de Música” – do Renascimento, época da fundação do Convento, à música contemporânea.
Com o renascimento do Festival de Música dos Capuchos, em 2021, inaugurou-se o ciclo de Conversas dos Capuchos, dedicado à literatura, com curadoria e moderação de Carlos Vaz Marques, tendo já recebido convidados como António Mega Ferreira, Helena Roseta, António Feijó, Pedro Mexia, Jorge Vaz de Carvalho, Joana Matos Frias, Fernando Pinto do Amaral, Guilherme de Oliveira Martins, Nuno Júdice, Hélia Correia, entre outros. Em 2021, as Conversas foram dedicadas a Dante Alighieri, Fiódor Dostoiévski e Charles Baudelaire, em 2022 foram evocados Agustina Bessa-Luís, Marcel Proust e Luís Vaz de Camões e, em 2023, Mário Cesariny de Vasconcelos, Natália Correia e Eugénio de Andrade.

Em 2023, o Festival de Música dos Capuchos inaugurou o seu eixo formativo, com a apresentação das Masterclasses dos Capuchos, orientadas por professores dos Conservatórios de Paris, Salzburgo e Lucerna. Também em 2023, foram apresentadas, pela primeira vez, um conjunto de conversas pré-concertos, denominadas Prelúdios dos Capuchos, com moderação de João Almeida, e actividades de sensibilização ecológica e patrimonial, como uma Visita cultural ao património histórico do Convento dos Capuchos e uma Caminhada na envolvente do Convento, inserido na Paisagem Protegida da Arriba Fóssil da Costa da Caparica, que apresenta importantes valores naturais que importa conhecer e valorizar.

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