10.09.2021
1º Festival BRAGANÇA CLASSICFEST
1 > 10 OUTUBRO 2021
Bragança – Portugal
Toda a informação em: WWW.CLASSICFEST.PT
Programa geral
1 outubro | 21h00 | Teatro Municipal de Bragança
Concerto de Abertura
Orquestra de Câmara de São Petersburgo
Juri Gilbo Direção musical
Filipe Pinto-Ribeiro Piano
Obras de Seixas, Mozart e Tchaikovsky
2 outubro | 21h00 | Teatro Municipal de Bragança
As Quatro Estações – Vivaldi
Orquestra de Câmara de São Petersburgo
Juri Gilbo Direção musical
Diana Tishchenko Violino
Obras de Mozart e Vivaldi
3 outubro | 16h30 | Igreja da Sé de Bragança
Violino a Solo – Bach e Ysaÿe
Diana Tishchenko Violino
8 outubro | 21h00 | Teatro Municipal de Bragança
PIAZZOLLA 100 – Centenário do nascimento de Astor Piazzolla
Héctor Del Curto Bandoneón
Karen Gomyo Violino
Adrián Fioramonti Guitarra elétrica
Tiago Pinto-Ribeiro Contrabaixo
Rosa Maria Barrantes Piano
Rubén Peloni Voz
9 outubro | 21h00 | Teatro Municipal de Bragança
Maria de Buenos Aires – Ópera-tango de Astor Piazzolla
Ópera-tango de Astor Piazzolla (1921-1982)
Libreto de Horacio Ferrer (1933-2014)
Ana Karina Rossi Maria de Buenos Aires
Rubén Peloni Tenor
Daniel Bonilla-Torres El Duende
Héctor Del Curto Bandoneón e Direção musical
Karen Gomyo Violino solo
David Castro-Balbi Violino II
Francisca Fins Viola
Kyril Zlotnikov Violoncelo
Tiago Pinto-Ribeiro Contrabaixo
Nuno Inácio Flauta
Rosa Maria Barrantes Piano
Adrián Fioramonti Guitarra elétrica
Abel Cardoso e Pedro Carvalho Percussão
10 outubro | 16h30 | Igreja da Santa Maria (Cidadela de Bragança)
Concerto de Encerramento
Filipe Pinto-Ribeiro Piano
David Castro-Balbi Violino
Francisca Fins Viola
Kyril Zlotnikov Violoncelo
Tiago Pinto-Ribeiro Contrabaixo
DSCH – Schostakovich Ensemble
Obras de Dvořák e Schubert
Introdução por Filipe Pinto-Ribeiro, diretor artístico do Festival Internacional de Música “Bragança ClassicFest”
Bem-vindos à 1ª edição do Festival Internacional de Música Bragança ClassicFest!
É com grande satisfação e entusiasmo que lançamos o Bragança ClassicFest neste ano de 2021, que ficará indelevelmente marcado nas nossas vidas por momentos trágicos relacionados com a pandemia Covid-19; momentos de grandes dificuldades, perante os quais foi extraordinária a mobilização de várias pessoas e instituições para inicarmos este festival de inquestionável excelência internacional e, desta forma, celebrarmos a vida em Bragança unidos pela grande música.
Bragança é uma referência histórica e cultural incontornável do nosso país. Recordo, ainda na adolescência, o impacto que teve em mim a estreia na cidade, num recital de piano no Auditório Paulo Quintela em que interpretei obras de Bach e Schostakovich. Estávamos no início dos anos 90 e, desde então, muitos foram os concertos em que tive o prazer de me apresentar em Bragança, a partir de 2004 invariavelmente no excelente Teatro Municipal de Bragança, onde cada regresso é motivo de regozijo, (re)encontrando públicos ávidos e calorosos de várias gerações.
O Bragança ClassicFest terá a sua abertura no Dia Mundial da Música, 1 de Outubro, lançado em 1975 pelo famoso violinista e maestro Yehudi Menuhin, enquanto presidente do Conselho Internacional de Música da UNESCO, para “promover o valor da arte musical entre todos os sectores da sociedade, construindo a paz e a compreensão por meio de uma linguagem comum”, a Música – um objectivo nobre abraçado pelo Bragança ClassicFest!
Entre os muitos motivos de interesse da programação do 1º Bragança ClassicFest, há a destacar a presença da Orquestra de Câmara de São Petersburgo, um dos grandes embaixadores culturais da Rússia, sob a direcção do maestro Juri Gilbo; concertos dedicados ao compositor argentino Astor Piazzolla, no âmbito do centenário do seu nascimento, com algumas das suas obras mais icónicas e uma récita da sua única ópera: “Maria de Buenos Aires”; teremos em Bragança alguns dos maiores intérpretes mundiais de Piazzolla, como é o caso do célebre bandoneonista argentino residente em Nova Iorque Héctor Del Curto, que tocou em concertos com o próprio Piazzolla, da canadiana Karen Gomyo, considerada uma das mais brilhantes violinistas dos nossos dias, acompanhada pelo seu famoso violino Stradivarius “Aurora” contruído em 1703, e os cantores Ana Karina Rossi, Daniel Bonilla-Torres e Rubén Peloni, referências na interpretação de Piazzolla; obras-primas da história da música, como é o caso das “Quatro Estações”, de Vivaldi – com a solista Diana Tishchenko, estrela em fulgurante ascensão no panorama internacional – e de composições de Bach, Mozart, Tchaikovsky, Schubert, Dvořák – interpretadas por vários músicos nacionais e internacionais de referência – não esquecendo a música portuguesa, que tem honras de abertura com a Sinfonia em Si bemol Maior de Carlos Seixas, um dos principais compositores portugueses do século XVIII.
Expresso o meu profundo agradecimento às instituições que tornam possível esta 1ª edição do Bragança ClassicFest, com destaque para a Câmara Municipal de Bragança, o Teatro Municipal de Bragança e a DSCH Associação Musical, organizadores desta iniciativa louvável, e para o mecenas principal BPI/Fundação “la Caixa”, sublinhando ainda os apoios das Direcções-Gerais das Artes e do Ensino Superior, do Instituto Politécnico de Bragança e da Diocese de Miranda-Bragança.
O Festival Internacional de Música Bragança ClassicFest propõe-se então como um evento cultural de dimensão internacional e de referência na cidade, na região e no país, num salutar cruzamento entre Música e Património Histórico, Cultural e Arquitectónico do território de Bragança, preservando e cultivando a sua identidade.
Bragança ClassicFest é assim um festival de celebração da Música e uma porta aberta para habituais e novos públicos, nacionais e internacionais, com o objectivo de dignificar, enriquecer e dinamizar a região, contribuindo para a prosperidade de forma sustentável e promovendo o acesso de Todos à Cultura.
Bem hajam!
FILIPE PINTO-RIBEIRO
Director Artístico do Festival Internacional de Música Bragança ClassicFest